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Tribunal da Relação mantém prisão preventiva para o hacker Rui Pinto

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Tribunal da Relação de Lisboa manteve a prisão preventiva de Rui Pinto, o hacker que está detido sob a suspeita de extorsão qualificada na forma tentada, acesso ilegítimo, ofensa a pessoa coletiva e violação de segredo. Extraditado da Hungria para Portugal a 20 de março o jovem é acusado de ter divulgado documentos que envolvem o fundo de investimentos Doyen e de ter entrado no sistema informático do Sporting.

“Face aos factos fortemente indiciados no processo e correspondentes crimes e havendo, caso fosse libertado, concretos perigos de fuga, de continuação da actividade [expander_maker id=”1″ more=”CONTINUAR A LER” less=”Read less”]criminosa e de perturbação do decurso do inquérito – só a medida detentiva aplicada se revela ser a adequada”, concluíram os desembargadores, em comunicado oficial divulgado esta tarde.

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Os juízes consideraram assim que se mantém atuais os pressupostos que levaram à primeira decisão: continuação da actividade criminosa, perturbação do inquérito e risco de fuga. E foram indiferentes aos apelos que têm sido feitos em vários fóruns, com a ainda eurodeputada Ana Gomes a ser uma das maiores defensoras da libertação do hacker que considera poder beneficiar da figura de “denunciante”.

Rui Pinto também o mentor da divulgação de documento no site Football Leaks onde foi publicada informação sobre negócios envolvendo clube e jogadores de praticamente todos os grandes clubes europeus. Em Portugal, é suspeito de ter acedido à correspondência, além da do Sporting, do FC Porto e do Benfica, tendo neste último caso dado origem ao processo conhecido por e-mails do Benfica e depois à investigação e-Toupeira.

No processo que deu origem ao mandado europeu de detenção está uma alegada extorsão no valor de meio milhão de euros que Rui Pinto terá tentado fazer à Doyen. Ação que o seu advogado William Bourdon, numa entrevista à Der Spiegel, reconheceu ter existido mas que não passava de uma “brincadeira”. “É absolutamente verdade que ele [Rui Pinto] queria testar até onde a Doyen estaria disposta a ir. Foi mais uma brincadeira infantil do que outra coisa”, frisou o advogado que também já defendeu Edward Snowden, o ex-espião da NSA associado à divulgação de vários dados sobre o sistema de vigilância da agência norte-americana.

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