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Uma vitória justíssima num campo sempre dificil

Há quem diga que ganhar na choupana é sinónimo de ganhar o campeonato. Eu não acredito nisso, mas respeito quem motiva as “tropas” e utilize esse argumento. É verdade que a choupana é um campo extremamente dificil e os primeiros classificados que o digam.

Depois de um empate em casa a uma bola com imensas oportunidades desperdiçadas, pouco acerto e uma arbitragem bastante manhosa e com influência directa no resultado, esta deslocação à Madeira valeria sempre mais que os 3 pontos. Para além da vitória, valia a confiança dos adeptos e valia os lugares da frente, embora estejamos só na 3ª jornada.

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Começando pela arbitragem. É extraordinário ver a diferença de um árbitro, 1º classificado, para um 9º classificado. A estes senhores pede-se que dirijam o jogo, que passem despercebidos e que as leis de jogo sejam cumpridas. O Sport Lisboa e Benfica teve 4 amarelos contra 1 do Nacional. Todos eles bem mostrados. Tempo de jogo adequado ao que se passou em campo e uma arbitragem digna do 1º classificado. Não se compreende como Manuel Oliveira não conseguiu ser tão bom como o Artur Soares Dias quando lhes são pedidas as mesmas coisas.
– Parabéns Artur, hoje mereceste.

No Sport Lisboa e Benfica não se exigem só vitórias. Depois de um tricampeonato os adeptos querem vitórias, querem espectáculo e muitos golos. Nem toleram vencer um campeonato “à Trapattoni”. Pois bem, estamos na 3ª jornada onde ainda se afina a estratégia, procura-se a melhor forma depois das cargas físicas da pré-temporada, mas o nível de exigência dos adeptos está altíssimo. Ainda bem que assim é.
Este jogo não foi muito diferente do último na nossa casa. Apesar de o treinador ter feito alterações no 11, colocando o regressado Jonas e dando a titularidade a Raúl Jimenez, notou-se que a equipa tentou marcar golo cedo. Em termos de jogo colectivo ainda se nota que não está no ponto. Sempre um toque aqui e ali a mais. Rematamos tanto como na ultima jornada e poderíamos ter feito mais do que 3 golos, mas quis o destino que fosse assim. Grimaldo com remate à malha lateral, Jonas por 2 vezes e Salvio com uma bola ao poste tiveram as principais chances de golo.

Chegámos ao golo devido a uma saída inacreditável do guarda-redes do Nacional. Que valente frango.
A partir daí a equipa tentou construir com mais tranquilidade, fazendo descansar a frente de ataque que tanto tinha trabalhado para fazer o golo rápido. O Nacional a partir daí foi à procura do resultado e sempre em contra-ataque, apostando na velocidade de Salvador Agra. E não só de contra-ataque, mas também de bola parada Salvador Agra colocava Júlio César em sentido.

Na segunda parte a equipa do Nacional entrou muito mais agressiva, até que numa perda de bola por falta de comunicação, dá um canto que vale o empate da partida. E quem marca? Tobias Figueiredo, jogador emprestado pelo Sporting. Assim de um momento para o outro a malta de verde fazia a festa, como se Portugal fosse novamente campeão europeu. Sabemos que não foram buscar os cachecóis de campeões nacionais ao armário, porque o não houve invasão de traças na choupana.

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Rui Vitória que já preparava mexidas para reforçar o meio campo, com a partida empatada faz entrar André Carrillo que fez o favor de resolver a questão. Maravilhoso passe do senhor 22 milhões, atraso do jogador que já não é o que era segundo alguns e Carrillo a sentar uns quantos e atirar lá para dentro. Não sabemos se chamou a malta de Maricas, mas fez o que lhe foi pedido. De resto tanto Jimenez como Salvio estiveram muito bem no desenho da jogada.
Já com o Nacional reduzido a 10 devido a lesão, Raúl Jimenez ganha a bola num sprint e faz o terceiro da noite fechando o marcador.

Não foi um jogo de uma espectacularidade, mas foi um jogo de uma equipa que procurou os 3 pontos e isso é o mais importante nesta 1ª fase. Um pouco mais de acerto, menos individualismo e união em campo. O resto vem com os próximos jogos.

Quando ao momento do empate, o truque é não rir antes!

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