Eis a 19.ª Taça de Portugal de voleibol do nosso palmarés, num dia em somámos três pontos ante o Estoril e nos deleitámos com o golo antológico de Rafa, uma obra-prima que perdurará na memória de todos os que tivemos o privilégio de ver e admirar.
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Aí está a nossa 19.ª Taça de Portugal de voleibol, a quinta nas últimas sete edições e a engrossar o pecúlio extraordinário conseguido pelo Benfica nesta modalidade ao longo da última década.
Neste triunfo ante a Fonte do Bastardo, à semelhança do jogo da meia-final com o Sporting, a sorte voltou a não nos sorrir no primeiro set, mas não mais permitimos veleidades ao adversário. Vitória por 3-1 num jogo muito bem disputado e de altíssima qualidade, num pavilhão repleto de Benfiquistas incansáveis no apoio à equipa.
Marcel Matz fez questão de realçar o papel imprescindível dos adeptos nesta conquista: “O objetivo do Benfica é sempre vencer. Temos sempre muito apoio no Norte, isso também mostra a grandeza do Benfica. No 2.º set os adeptos apoiaram-nos muito e a força dentro da quadra aumentou. Viraram um jogo muito difícil.”
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Na ressaca da muito exigente, física e mentalmente, vitória em Amesterdão, adivinhavam-se dificuldades ante um Estoril bastas vezes elogiado pela crítica e tranquilo na classificação. Porém, a nossa equipa teve a capacidade de se superiorizar na partida e de vencer, por 2-1, com inteira justiça, num jogo dedicado às Casas do Benfica.
De acordo com Nélson Veríssimo: “Na primeira parte tivemos algumas dificuldades, nomeadamente na saída curta através do guarda-redes. Na segunda parte, tivemos mais domínio no jogo. O Estoril também criou oportunidades, mas ganhámos com todo o mérito.”
O nosso treinador referiu ainda que “é natural que haja desgaste físico e mental” após o apuramento para os quartos de final da Liga dos Campeões e que era importante “capitalizar a confiança que adquirimos em Amesterdão porque o jogo mais importante era este com o Estoril”.
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Rafa e Gonçalo Ramos foram os marcadores de serviço e escasseiam as palavras para fazer jus ao extraordinário golo de Rafa. O nosso jogador fez em competição aquilo que todas as crianças sonham fazer um dia: pegar na bola, correr mais de 80 metros com ela, fintar os adversários pela frente e marcar num dos mais emblemáticos estádios do mundo com a camisola e emblema de um clube mítico. Um golo reservado quase exclusivamente para as consolas de jogos que nos fez recordar outro inacreditável, de Poborsky frente ao Braga, há mais de 23 anos. E agora perguntamo-nos quando poderemos voltar a ver um golo destes… Extraordinário! Inesquecível! Um hino ao futebol, para ver e rever aqui.
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Nos restantes jogos de ontem há a registar a derrota da nossa equipa B, por 2-3, ante o Leixões, num jogo marcado pela injustiça no resultado e uma arbitragem péssima. O empate (2-2) alcançado na difícil deslocação ao Óquei de Barcelos em hóquei em patins. O triunfo, ante o Esgueira, no basquetebol feminino, com a nossa equipa a terminar a fase regular do campeonato invicta. E a derrota, com o Direito, em râguebi, por 22-33.
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Dois lances similares que motivaram intervenção do VAR, mas com desfechos diferentes. Taarabt, do Benfica frente ao Vizela, foi expulso, Mbemba, do FC Porto ante o Boavista, foi poupado.
@hugogil1904 Só um vou vermelho. #fy #ligaportugal #ligabwin #fypage #foryoupage ♬ Trolls – MarcusBresslerMusic
Afinal, qual é o critério no tipo de lance em causa? Se for, como parece ser, os diferentes emblemas, em que o mesmo é sempre beneficiado, vez após vez, e o Benfica sistematicamente prejudicado – pelo menos nove pontos sonegados esta época – urge acabar com tamanha injustiça e repor a verdade desportiva, a bem da credibilidade do futebol português.