Pelos vistos o que o Rui Costa lhe disse em 2009 não chegou para este palerma continuar andar à procura de polémica. O Benfica incomoda e quando não se fala mal dos encarnados algo está mal.
Em 2009, o director desportivo do Benfica manifestou desagrado por uma pergunta que os jornalistas fizeram aquando da sua chegada ao aeroporto.
Após muitas e muitas tretas deste mesmo jornalista nós vamos falar da última. (para quem não viu pode ver aqui )
Este homem tentou passar a noticia de forma a que isto se torna-se numa polémica, dizendo por outras palavras que Enzo “mandou o país do clube onde ainda tem contrato à merda”.
Todos nós temos olhos na cara e sabemos que tipo de jornalistas temos no nosso país e Enzo não foge à regra. Mandou-o a merda pois provavelmente ele já sabia que perguntas aí vinham.
-“vai para o Valencia, sente-se mal em não ser primeira escolha do treinador, vai voltar ao Benfica”.
Perguntas que já foram respondidas mas que não chega para quem trabalha no ramo em Portugal.
Através das redes sociais eis que aparece a sua mulher a desmentir o que Alexandre Santos (o jornalista) tinha inventado na reportagem.
Palavras de Enzo Pérez:
«A minha filha nasceu em Portugal e é aí que eu jogo e sou feliz, com a forma como sou tratado por todos os portugueses.
Tive uma reação incorreta,não tenho gostado de algumas coisas que têm sido escritas sobre o meu futuro e que não estão certas.
Nunca me quis referir a Portugal. Estou muito agradecido com tudo o que eu e a minha família recebemos.»
Bem após o assunto ter ficado meio resolvido, o palerma volta à carga com isto:
Vai tu!
02 Jul, 2014, 18:47 / atualizado em 02 Jul, 2014, 20:45
Alexandre Santos
Agora que o título captou a vossa atenção, vou falar-vos sobre o que aconteceu ontem com o Enzo Pérez. E vou fazê-lo sem reservas. Por isso, criançada e gente que não diz asneiras, cliquem noutro sítio qualquer.
Primeiro, as primeiras coisas. Vamos falar de instintos. Essa coisa primitiva que tentamos disfarçar. O mecanismo ação/reação, a crú.
Ação: O Enzo passa. Eu pergunto. Ele faz má cara. Continua a andar e atira para trás do ombro esquerdo um “A la mierda!”.
Reação: (…)
Reação mental: “ Fo…-se! Este gajo passou-se!”
Eu sei que o ideal seria eu ter pensado que estava ali a representar o interesse e a curiosidade portuguesas. Acho que o Enzo deveria ter pensado nisso. Mas, honestamente, naquele momento, nada disso me passou pela cabeça.
Segundo: a interpretação. Aquilo que fazemos depois. Os descontos que damos ou os sentimentos que acrescentamos.
Ponto prévio: Digo muitas asneiras. O Enzo ao pé de mim é um menino. Os meus amigos sabem. A minha mãe envergonha-se.
Segundo ponto prévio: Temos a obrigação de ser profissionalmente educados. Tenho um microfone que tem o peso de representar milhares de colegas de um lado e milhões de pessoas do outro. Pesará o mesmo que a bandeira que o Enzo Pérez carrega no peito. Eu lembrei-me disso. Ele esqueceu-se.
O desconto que lhe dou:
Aqui há dias, a caminho do Arena Fonte Nova, tocou-nos uma caminhada de quase 2 kms debaixo de trinta e tal graus e do sol castigador de Salvador da Bahia. O problema é que eramos só dois a alombar com câmera, tripé, computador de edição, outro computador, a minha mala, a mala do Rui. Não havia mão disponível para enxugar o suor que escorria cara abaixo. Algures, a mais de meia subida, há um desses ‘caras-cheios-de-frescura’ que topa as nossas credenciais e abranda o passo para me perguntar, alto e bom som: “E aí, amigo, vai dar para liberar um ingresso dos seus?”
Sei que a minha reação deveria ter sido outra mas, naquele momento, a língua nem ao coração se ligou. Ficou-se pelos intestinos. “E se fosses gozar com o c…, pá?”. Pois. Desculpa, mãe!
O Enzo deve estar a gostar tanto de estar no banco como eu gosto de levar baile ladeira acima. Sei que ele não tem desculpa. E eu também não.
Eu não deveria ter respondido. Ele não deveria ter dito aquilo.
Acho, contudo, que a indignação é legítima e pode ser um exercício individual ou colectivo. Quem ouviu aquilo tem o direito de se sentir como quiser. Vocês aí em casa, a RTP, os outros portugueses, os benfiquistas, os não-benfiquistas. Eu só peço ao Enzo Pérez que, da próxima vez, em Brasília, ele diga de frente o que tiver para dizer. Que alinhe a cara e os ombros comigo. Porque de tudo, o que menos gostei foi que ele tivesse falado para trás das costas.
Conclusão: Não gostei do que ouvi. Nunca tratei mal o Enzo Pérez e nunca percebi que alguém o tivesse feito no meu país. Acho que é absolutamente lamentável, mas, em abono da minha verdade, no campo da relação profissional não foi o episódio mais grave que registei neste Mundial. Em Manaus, à porta do hotel da Seleção, os jornalistas não ouviram palavra feia, mas foram tratados como m… No meio de um arrazoado de mentiras escusadas, foram gratuitamente mal-tratados. Apeteceu-me mandá-los para aquele sítio, mas travei-me. Era o que o Enzo Pérez deveria ter feito. Orgulha-te mãe, porque estou a fazer progressos.
Mais tinta vai correr sobre este assunto tanto quanto o Alexandre adora. As questões que ficam são, se fosse agredido por algum elemento de outro clube também iria inventar como o fez com o Enzo ao tentar passar a mensagem de que jogador mandou Portugal à merda?
E como é possível uma pessoa andar a usar meios públicos que custam dinheiro aos contribuintes para mostrar o seu desagrado pelo que ouviu da boca de um jogador do Benfica. Redes sociais não bastavam ou não tem a mesma dimensão que tem num site publico? Ficou ofendido por ele o ter mandado à merda? Que pratique um jornalismo isento e verdadeiro, coisa que ele não faz e precisa destas novelas para ser alguém.
Jornalismo é noticiar e não ser a notícia.
Faça um favor ao mundo do futebol, DEMITA-SE.