O Ministério Público (MP) quer ouvir com urgência Jorge Jesus no âmbito do processo que investiga o ataque à Academia em maio, apurou Record. Com os prazos para ser apresentada uma acusação a terminarem este mês, o MP, através da sua procuradora Cândida Vilar, já requereu junto do juiz de instrução criminal do Barreiro, Jorge Delca, uma extensão dos dos mesmos, de forma a escutar o ex-treinador do Sporting. Isto e porque a procuradora considera que as perícias aos telemóveis, um elemento fundamental na investigação, estão atrasadas.
No próximo dia 21, cumprem-se seis meses da detenção dos primeiros 23 suspeitos e, como não foi atribuído a este processo a especial complexidade, poderão sair em liberdade nessa data se o prazo não for alargado entretanto. O receio da procuradora é que, se assim for, possam perturbar a investigação. Daí a pressa em ouvir o agora treinador do Al Hilal, para cruzar as informações transmitidas por JJ com outras, nomeadamente as conversas que manteve com Bruno de Carvalho. Porém, Jesus só pode regressar a Portugal no próximo mês por motivos relacionados com a justiça saudita.
O testemunho do treinador servirá também para melhor compreender por que motivo (e quem) se alterou a hora do treino no dia do ataque ao plantel na Academia, já que existem versões contraditórias.
Refira-se que caso o prazo para a investigação seja alargado o MP terá mais seis meses para fazer a acusação.