A Sport Lisboa e Benfica – Futebol SAD apresentou hoje os resultados referentes ao primeiro semestre do exercício de 2020/21 onde se sentem os impactos associados à pandemia e da não presença na fase de grupos da Liga dos Campeões.
Apesar disso, destaque para o facto de a Sociedade ter apresentado um resultado líquido positivo de 8,2 milhões de euros, correspondendo ao sétimo ano consecutivo em que apresenta lucro nos primeiros seis meses de atividade.
O resultado operacional também se manteve em terreno positivo ascendendo a 12,8 milhões de euros, no qual muito contribuiu a mais-valia significativa da transferência de Rúben Dias para o Manchester City.
FACTOS RELEVANTES
- 7.º ano consecutivo com lucros no primeiro semestre: 8,2 M€;
- Resultado operacional manteve-se positivo: 12,8 M€;
- Rendimentos totais com o 2.º melhor semestre de sempre: 134,9 M€;
- Ativo aumentou 22%: 594,4 M€;
- Dívida líquida com o 2.º valor mais baixo na última década: 116 M€;
- Capital próprio positivo: 169,4 M€.
A inexistência de receitas de bilheteira e redução dos rendimentos com prémios distribuídos pela UEFA refletiram-se no decréscimo em 47,5% dos rendimentos operacionais, face ao período homólogo, atingindo os 53,5 milhões de euros.
Os rendimentos com transações de direitos de atletas correspondem a 77,5 milhões de euros e o resultado com transações de direitos de atletas ascendem a 69,7 milhões de euros, estando ambos significativamente influenciados pela transferência do jogador Rúben Dias para o Manchester City.
Os rendimentos totais no semestre ascendem a 134,9 milhões de euros, o que representa um decréscimo de 44,8% face ao período homólogo, mas que correspondem ao segundo melhor semestre de sempre em termos de rendimentos totais obtidos pela Sociedade.
O ativo no final de 2020 ascendeu a um valor de 594,4 milhões de euros, um aumento de 22% face ao final do exercício anterior, sendo esta variação principalmente explicada pelos investimentos realizados na equipa principal de futebol, com impacto na rubrica de ativos intangíveis – plantel de futebol, e pelos aumentos ocorridos nas rubricas de caixa e equivalentes de caixa e de clientes e outros devedores.
O investimento no plantel juntamente com o aumento das rubricas de fornecedores e outros credores, na sequência da emissão de um novo empréstimo obrigacionista, contribuíram para um aumento do passivo em 30,4% face ao final do ano transato, atingido os 425 milhões de euros.
A dívida líquida a 31 de dezembro de 2020 ascendeu a um montante de 116 milhões de euros, o que, apesar de representar um aumento de 23,2 milhões de euros face ao final do exercício transato, corresponde ao segundo valor mais baixo na última década apresentado pela Sociedade.
O resultado líquido positivo do semestre em análise refletiu-se numa melhoria de 5,1% do capital próprio face a 30 de junho de 2020, fixando-se nos 169,4 milhões de euros. Esta recuperação do capital próprio da Benfica SAD iniciou-se no exercício findo a 30 de junho de 2013, tendo até à data ocorrido uma evolução positiva que, em termos acumulados, ascende a 193,2 milhões de euros.