O presidente da Liga Portugal, Pedro Proença arrasou o Tribunal Arbitral do Desporto e um dos fundadores respondeu às suas declarações.
“TAD não deveria existir. Depois de um castigo do CD, há um recurso para o TAD e para o central, sem decisão final. O poder político deveria centrar-se na criação de um tribunal desportivo com processos céleres e capazes”, disse o presidente da Liga Portugal recordado o caso Palhinha.
José Vicente de Moura, um dos fundadores do Tribunal Arbitral do Desporto (TAD), não gostou do que ouviu respondeu.
“Essas declarações são, nitidamente, pouco cuidadas. O TAD tem por missão evitar recursos para os tribunais do Estado. O que tribunal que foi criado não é a última decisão. As entidades, caso não fiquem satisfeitas, podem recorrer para os tribunais normais e prolongar o processo. Não é exatamente o que estava na minha mente, mas já provou que é um tribunal muito importante”, acusa Vicente de Moura, em entrevista à renascença.
Sobre a substituição do TAD, diz que seria começar tudo de novo e que a solução passaria por um aperfeiçoamento. “Substituir este tribunal, que já tem experiência e juízes prestigiados, por outro organismo, implicava começar tudo do princípio. O que é necessário é aperfeiçoar o trabalho do TAD, para que as resoluções sejam rápidas”
No final acaba por dar razão a Pedro Proença quando este se queixa do arrastar dos processos.
“Este tribunal permite um recurso, que é um direito democrático. Todos devemos ter o direito de recorrer de uma decisão arbitrária ou injusta. O que não podemos fazer é recorrer sucessivamente e arrastar os processos durante anos. Isto acontece nos processos civis e, pelos vistos, se nada for feito, vai continuar a acontecer nos processos desportivos”, sublinha.
Leia também: Conselho de Arbitragem cheio de promessas antes do arranque do campeonato