O apoio a Pedro Proença nas últimas eleições para a presidência da Liga foi um dos temas que «causou mais mossa na massa associativa» do Benfica durante a Assembleia Geral que se prolongou durante a madrugada de sexta-feira. O presidente Rui Costa justificou.
«Mais do que apoiar A, B ou C, estivemos perante uma candidatura única e Pedro Proença teve o apoio de 33 clubes, tendo sido o Benfica o último a dar o seu contributo. Seria mais aceite por toda a gente se da minha parte dissesse que somos contra tudo e todos, usando a velha expressão de que não precisamos de ninguém. Mas, neste momento concreto, a tomada de decisão de apoio a Pedro Proença tem muito a ver com o facto de considerar que não interessa ao Benfica andar na autoestrada ao contrário», disse no discurso final, vincando que não hesitará em inverter a marcha caso se justifique:
«Fizemo-lo durante os últimos três anos e, inclusive, estamos fora da Direção da Liga. Até para o calendário dos jogos estamos fora. E o que me pedem é que o Benfica esteja no centro das decisões. Provavelmente, como fizemos noutros tempo – e como fizemos agora esta meia revolta com a Federação de Basquetebol –, poderá acontecer aqui também. Mas, neste momento da vida do Benfica, considero que não teríamos rigorosamente nada a ganhar, com 33 apoiantes, em estar do outro lado. Não acredito que seja forma ir contra o mundo inteiro.»
Arrancou aplausos quando se pronunciou sobre o processo de centralização dos direitos audiovisuais: «Toda a gente fala muito desta transição, ainda não há datas. O único dado que há, e o presidente da Liga sabe perfeitamente qual é a nossa posição, e apesar da Lei ser governamental, é que o Benfica não irá cumprir Lei nenhuma se se sentir prejudicado.»
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