O presidente da SAD do Portimonense fez um comunicado a visar o Boavista, as equipas sem casa mas esqueceu-se de falar dos salários em atraso do FC Porto, amplamente noticiados pela comunicação social.
“Clubes com salários em atraso meses e meses, acordos ficcionados com a Segurança Social e Autoridade Tributária, dividas a outros clubes ou, e porque também os há, clubes “de casa às costas”, sem instalações de treino ou estádio. Os clubes quando participam nas Ligas Profissionais sabem perfeitamente o que é legal e moral e suas obrigações e deveres. Como podemos atrair adeptos aos estádios se os adeptos nem sabem onde o seu clube vai jogar na época desportiva seguinte?
Como podemos validar Clubes que pedem a clubes estrangeiros para pagar os valores em “contas de terceiros” – como foi o caso de Bozenik para o Sevilha? Como podem as entidades reguladoras desportivas nacionais validar que os salários dos jogadores sejam pagos em numerário e ou através de empresas veículo? Como pode ser aceite que toda a receita de uma sociedade desportiva esteja transferida para empresas veículo e assim lesando credores – entre eles o estado? A Liga exerce funções delegadas da Federação Portuguesa de Futebol. Não pode uma instituição de utilidade pública nacional validar a fuga ao pagamento de impostos através de manobras financeiras e jurídicas”. Disse Rodiney Sampaio.
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Teodoro Fonseca é o maior acionista da SAD do Portimonense, e é também acionista da SAD do Futebol Clube do Porto foi, durante anos, uma das fontes de liquidez de curto prazo dos dragões. Em 2012, a sua empresa, For Gool, com sede em Londres, emprestou 4,5 milhões de euros ao clube por seis meses; e em 2015 emprestou mais 5 milhões com prazo similar. Em fevereiro de 2017, segundo os mesmos documentos, fez outro empréstimo de curto prazo ao Futebol Clube do Porto, no valor de 1,9 milhões, a reembolsar em seis meses e com um custo de 85 mil euros – o equivalente a um juro anual de 8,8%. Este financiamento aconteceu um mês depois de Teodoro assinar um contrato de intermediação com o Vitória de Guimarães: os vimaranenses acordaram pagar ao empresário 560 mil euros pela ajuda que deu na transferência de Tiquinho Soares para o Porto, por 5,6 milhões de euros.
É de facto engraçado de ver alguém a queixar-se do que andou a fazer ao longo dos anos isto segundo as investigações em curso.