O Benfica exige uma investigação minuciosa a Pinto da Costa e a Bruno de Carvalho na sequência do inquérito aberto pelo Ministério Público sobre “eventuais ameaças, contactos diretos e pressões do FC Porto e Sporting a árbitros e outros agentes desportivos”.
As águias pedem mesmo uma “rigorosa e exigente investigação” e o apuramento dos factos por parte das entidades competentes, tanto no “âmbito criminal, como desportivo”.
Na denúncia é descrito que Bruno de Carvalho “ligou diretamente” ao presidente da APAF a “pressioná-lo” para que os árbitros desistissem da greve e até terá feito uma “ameaça”.
Já Pinto da Costa é investigado, alegadamente, por ter contactado o árbitro Jorge Sousa para que este convencesse os outros juízes a abdicarem de fazer a paralisação.
No extenso comunicado, o Benfica lembra a “invasão do centro de treinos da Maia” e as “ameaças e coações”, destacando a forma “sistemática como dirigentes do FC Porto têm colocado em causa a honorabilidade das equipas de arbitragem, como também ameaças públicas de diversos membros dos grupos organizados de adeptos”. Mais, as águias revelam “ser também preocupante” que o Sporting tenha “estendido a sua pretensa aliança à prática das mesmas formas de coação e pressão”.
OUTROS VISADOS
Luís Gonçalves
Diretor-geral do FC Porto
O dirigente terá ameaçado os árbitros com “porta- -te bem, senão falo com o Bertino e com o Ricardo Duarte, e depois queixa-te”. Terá dito a Luís Ferreira: “Não vais descer, és um dos nossos.”
André Geraldes
Team manager do Sporting
André Geraldes, segundo a denúncia efetuada, terá ligado a “diretores amigos”, dizendo que “os presidentes do FC Porto e do Sporting não estão a gostar nada desta greve”.
Hernâni Fernandes
Assessor do Sporting
O presidente Bruno de Carvalho terá mandado o assessor leonino para as arbitragens Hernâni Fernandes ligar a “árbitros amigos” para que estes não fizessem greve aos jogos da Taça da Liga.