A liga diz ter novo patrocinador e imagine-se, Joaquim Oliveira, “dono” de uma divida aos bancos de mais de 750 milhões de euros. Valores que o atiraram para insolvência. Ou seja, temos a Oliverdesportos 2.0 de regresso à Liga.
O processo que se arrastou por meses pode agora acabar em tribunal. Isto porque a Betano, outra casa de apostas que opera em Portugal, tinha um acordo praticamente fechado com a Liga Portugal, que caiu à ultima da hora.
Segundo o Diário de Notícias, já existia um memorando de entendimento, mas a Betano queixa-se de ter sido afastada repentinamente das negociações. Ao que tudo indica, a Liga terá preferido a proposta de contrato da Bwin, que considerou ser mais vantajosa financeiramente.
Ora, a Betano não se mostrou satisfeita com a decisão da Liga Portugal e promete recorrer às vias legais.
“Fomos convidados pelos representantes da Liga Portugal a iniciar a redação de um MoU [memorando de entendimento] delineando as condições comerciais acordadas e, como resultado das conversas entre as partes interessadas, enviámos uma versão do MoU no dia 23 de março e fomos informados de que devíamos esperar que a versão final fosse recebida de volta assinada na semana seguinte à Páscoa (5 a 9 de abril)”, lê-se carta.
No dia 6 de março, apenas três dias após ter aceitado as condições da Betano, a Liga Portugal anunciou o rompimento do acordo, “pelo facto de, alegadamente, uma outra empresa ter acionado uma cláusula contratual de naming para patrocinar a Liga”.
“Ficámos profundamente chocados, pois nos últimos meses garantiram-nos que tinham feito verificações legais e que não existia nenhum direito contratual para o benefício de terceiros. E que mesmo os direitos da categoria de patrocinador de apostas, que estavam sujeitos a outro acordo de patrocínio, não seriam um obstáculo para a formalização do nosso acordo”, lê-se ainda na carta.
A Betano garante ainda que mostrou disposta a oferecer mais do que os 22 milhões de euros inicialmente acordados, mas de que nada adiantou.
A casa de apostas considera que, mesmo a existir a tal cláusula contratual, não podem deixar de se sentir “enganados” ao longo das negociações.