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João Gabriel: "FC Porto queixar-se da arbitragem é o mesmo que ouvir Fidel Castro queixar-se do comunismo cubando"

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Num artigo de opinião intitulado «Ofende só falar dos árbitros», publicado no jornal espanhol AS, o diretor de comunicação do Benfica lança farpas ao rival FC Porto que aponta como responsável pela campanha que visa «condicionar e coagir» os árbitros.

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«Acredito que só falar dos árbitros, como se nada mais existisse, é um absurdo que ofende, não só os próprios, o trabalho e a dignidade dos mesmos, como os demais atores da Liga portuguesa», escreve João Gabriel, lamentando o facto de o futebol «se jogar demasiado fora do campo».

«É público que há uma ruidosa campanha contra os árbitros promovida por um clube português. O objetivo é claro e assumido: condicionar e coagir o trabalho deles na fase final da Liga», refere, antes de apontar baterias:

«Vítor Baía, referência inevitável do FC Porto, disse há uns dias, em referência a esta campanha promovida pelo seu clube de sempre, que «os árbitros não são desculpa para o fracasso». Declaração valente e lúcida de quem não se identifica com esta campanha absurda.»

E prossegue: «Recordando a história dos últimos 30 anos em Portugal, eu diria que ouvir o FC Porto queixar-se da arbitragem é o mesmo que ouvir Fidel Castro queixar-se do comunismo cubando.»

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«O Benfica é a equipa com o melhor ataque e a melhor defesa, venceu no Estádio do Dragão sem registo de protestos – exceto vindos das bancadas -, conseguiu a maior goleada da temporada e é líder desde a quinta jornada», recordou João Gabriel antes de concluir:

«Aos leitores do jornal AS, que seguem regular ou esporadicamente a Liga portuguesa, posso dizer que, citando Steve Jobs, “o que se vê corresponde à verdade”.»

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