Hoje a Liga de Clubes colocou a rodar nos jornais que foram ouvir os adeptos numa sala qualquer da liga. Dizem eles que ouviram umas tais associações que representam a defesa dos adeptos.
A mim não me defendem e nem precisam de me representar. Mas é curioso ver como é que essas associações se formam e quem é que as ouve. Sempre os mesmos, sempre os mesmos clubes e as mesmas cantadas. Ora vejamos.
Será que a liga ouviu os adeptos que financiam a Liga do Proença? Será que ouviu os adeptos que mais pagam em multas e mais sustentam os ordenados como a da Helena Pires ou Sónia Carneiro?
Benfica coloca 51721 espectadores enquanto os outros juntos colocam 46295 espectadores
São factos, será que falaram neles? Será que ouviram os adeptos do Benfica? Não é numa salinha que se ouve os adeptos, é nos estádios. E não é nos camarotes com croquetes à discrição, é no meio da bancada junto de algumas cadeiras sujas, gastas e por vezes com fezes de aves. A pagar valores de Champions e não com direito a estacionamento privado.
Em jeito de brincadeira, faz sentido ouvirem adeptos do Sporting e as suas associações. Para quem não ganha um campeonato há 19 anos, realmente merece o estudo de como conseguem meter gente nos estádios.
Esta é a Liga do faz algo para lavar as mãos de todos os problemas e mais alguns. Eles nunca são o problema. Mas depois vê-se a tentativa de fechar as portas do Estádio da Luz por bandeiras enquanto os outros, com tarjas a envolverem até o primeiro ministro, a levarem multinhas. Ou jogadores a serem agredidos e jogos à porta fechada, nem vê-los. O dia que fecharem a luz os números da Liga deixam de ser 90 mil por jornada, para pouco mais de 30 mil.
O problema não é o Benfica, FC Porto, Sporting, Famalicão, SC Braga ou Vitória. O Problema é a Liga Proença que nunca quis saber do adepto, nunca se preocupou e promove acções como esta para dizer que estão preocupados. Certamente a equipa da Liga consegue meter mais gente no camarote do croquete num Code City-Marítimo, no Jamor que adeptos no estádio. E há imagens não é como alguns túneis.