O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Pedro Proença, afirmou esta quinta-feira à Lusa que está satisfeito com o regresso do público aos estádios, explicando que a lotação de até 33% da lotação é apenas o início.
“Grande satisfação por termos conseguido chegar, passados mais de 12 meses, ao que o futebol profissional ambicionava ter, o regresso do público aos estádios. Não é dentro da dimensão que nós queríamos, mas vamos premiar o esforço de muitos que trabalharam para que isto fosse possível. É um prémio para o público, porque não faz sentido ter futebol profissional sem público”, afirmou.
Os eventos desportivos vão poder contar com adeptos nas bancadas a partir de 1 de agosto, desde que sejam respeitadas as regras da Direção-Geral da Saúde (DGS), derivadas da pandemia de covid-19, anunciou esta quinta-feira o primeiro-ministro, António Costa.
“[Vamos] permitir que os eventos desportivos passem a ter público de acordo com a regra especificamente definida pela Direção-Geral de Saúde”, afirmou o governante em conferência de imprensa, no final da reunião do Conselho de Ministros que definiu as medidas para a reabertura do país.
Pedro Proença explicou que as competições profissionais vão ter até 33% da lotação dos estádios nesta primeira fase, mas defendeu que o objetivo é aumentar o número até chegar aos 100%. “Era nossa convicção que iríamos ter público. Há cinco semanas a Liga anunciou que iríamos ter 33% para o público em geral e 50% para toda a atividade “corporate”. Foram cumpridores os acordos que já tínhamos alcançado e que agora foram consumados”, referiu.
Para o futuro, o presidente da Liga de clubes lembra que a situação continua dependente do evoluir da pandemia de covid-19. “Dependemos da evolução do processo pandémico. A vacinação tem sido positiva e vamos conseguir alcançar a imunidade de grupo em meados de setembro. A nossa expectativa, a não ser que exista alguma inversão, é que os 33% são o ponto de partida e a abertura acontecerá de forma paulatina. Temos a expectativa de rapidamente chegar aos 100%”, salientou.
Pedro Proença lembrou o trabalho efetuado pela Liga e pelos clubes para chegar a este momento, que na sua opinião poderia ter acontecido mais cedo.
“Nunca negociámos aquilo que era a defesa da saúde pública, mas já há algum tempo que fizemos a demonstração que era possível ter público nas bancadas. Foi mais tarde do que aquilo que equacionávamos, mas estamos muito satisfeitos”, defendeu, referindo que o objetivo agora é trazer de novo o público aos estádios.