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Não há um jogo em investigação. Zero! Ao contrário do Cashball

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1- Frederico Varandas deu uma entrevista e disse que independentemente do resultado do processo dos emails, na justiça, a mácula está lá. Ou seja, para o presidente do Sporting, a mancha do processo Cashball estará sempre lá. Porque, para o presidente do Sporting não interessa o trabalho da justiça. Só lhe interessa o tribunal da opinião pública. Com esta entrevista, ficamos a saber que o Cashball será sempre uma mancha na história do Sporting e na história da corrupção desportiva em Portugal.

2- Na mesma entrevista, Frederico Varandas descreveu aquilo que considera a portização do Benfica, para ganhar os títulos que ganhou com Luís Filipe Vieira. E cita o caso de Paulo Gonçalves como prova da portização. É uma pena que Frederico Varandas já se tenha esquecido da intervenção de Antero Henrique nas recentes conquistas do Sporting. Esse sim, o verdadeiro delfim de Pinto da Costa e muito ligado ao processo Apito Dourado.

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3- Ou seja, o mesmo presidente que deplora o Apito Dourado, aceita a colaboração de um dos seus principais mentores, como braço direito de Pinto da Costa. Se calhar, é a isso que devemos chamar a portização do Sporting. Subitamente, nos últimos anos, vários casos de arbitragem acabaram a beneficiar o Sporting e, para o presidente Varandas, devemos estar perante uma coincidência. Assim como foi coincidência que este paladino da transparência tenha realizado negócios pouco claros com o FC Porto de Pinto da Costa, numa troca de jogadores de ambos os clubes com o objetivo de mascarar as contas dos dois clubes.

4- Seguindo a mesma linha de pensamento de Frederico Varandas sobre a portização do Benfica, podemos dizer que a mesma portização estará em curso no Sporting, pois à crescente colaboração de Antero Henrique com o Sporting, devemos acrescentar a colaboração de Raul Costa, antigo diretor jurídico do FC Porto de Pinto da Costa com o clube de Alvalade e particularmente o seu treinador, Ruben Amorim. Raul Costa é, atualmente, uma figura proeminente nos corredores da SAD do Sporting.

5- O que Frederico Varandas não diz, que o Ministério Público não elucida é como, num estado de Direito, se condena um clube por corrupção desportiva sem apresentar uma única prova de que essa corrupção existiu. Não há um jogo em investigação, um lance, um jogador, uma única relação causa/efeito entre um pretenso corruptor e um identificado corrompido. Zero. Ao contrário do Cashball, onde foram identificados os corruptores e os corrompidos. Este sim, é um caso de verdadeira corrupção desportiva que a justiça incompreensivelmente não conseguiu provar apesar de um dos alegados corruptores ser funcionário do Sporting.

7- Durante anos, os benfiquistas foram-se habituando à palavra “investigue-se”. A justiça fez o seu trabalho e investigou. Mesmo assim, o paladino da transparência quer condenar o Benfica, talvez ainda empurrado pela ideia de que tem consigo juízes e procuradores do Ministério Público. Era a isto que Varandas se referia? Ter juízes e procuradores do seu lado para garantir que os seus rivais sejam condenados na justiça sem provas dos crimes que alegadamente cometeram?

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8- Finalmente, aqueles que consideram que o Benfica tem de falar, tem de se defender das acusações. O Benfica tem de defender-se nos locais próprios. Como se tem defendido, com sucesso, estes anos todos. O Benfica não tem de provar a sua inocência. O Ministério Público é que tem de apresentar provas concretas de que a sua acusação faz sentido. Ou seja, no limite, o que pretendem algumas pessoas é que o Benfica venha a público dizer o que não fez. Isto é completamente ridículo. O Benfica já comunicou que as acusações são infundadas. Agora, o Ministério Público que prove o contrário. Como provou no processo Cashball, no processo de Pereira Cristóvão, como provou no ataque à Academia de Alcochete, como provou no caso do dirigente do Sporting que depositou 2 mil euros na conta de um árbitro ou como poderia ter provado quando um ex-presidente do Sporting assumiu, diversas vezes que pagou a arbitros para retirar beneficios desportivos. Manchas eternas na reputação de um clube que gosta de passar pelos intervalos da chuva e apresentar-se como o paladino da transparência.

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