Presidente da Liga abordou o VAR em entrevista ao jornal espanhol “El País”.
“É uma ótima ferramenta. A Liga portuguesa foi uma das cinco primeiras ligas a ter VAR. Sem dúvida, é uma ferramenta muito positiva na defesa da verdade desportiva e na redução do erro das equipas de arbitragem no futebol. Foi uma grande vitória.
Pretende-se que o erro de arbitragem seja eliminado do futebol. Não há dúvida de que os erros diminuíram. A consequência é que há maiores coincidências entre mérito desportivo e resultados. É isso que se pretende: que vença o melhor. Obviamente, no futebol, como em todos os desportos, existe uma margem de incerteza que é essencial para continuarmos a amar este jogo. Se o VAR reduz os erros de arbitragem, como já foi demonstrado, a sua aplicação é imprescindível.
Em Portugal os grandes não resistiram mais que os médios e pequenos. Todos nós temos de nos adaptar. Até os adeptos. A maneira como celebramos um golo hoje não é imediata. Temos de esperar. Existe um atraso. Temos de ter a certeza de que o jogador realmente marcou um golo e que o videoárbitro valida-o. Precisamos exigir respostas mais rápidas do VAR. Não podemos esperar três, quatro, cinco minutos para que se analise uma jogada. Porque futebol é velocidade e dinâmica. Se houver um fora de jogo, por exemplo, a análise tecnológica deve ser imediata.”
Percebe-se a intenção de o ex-árbitro e presidente da Liga Portugal em abordar este tema falando em termos gerais a um órgão de comunicação estrangeiro. Os meus parabéns por não ter recorrido ao lixo nacional e falar do campeonato lá fora a quem valoriza as nossas palavras.
Cá dentro o presidente da liga deveria ser uma peça fundamental na luta contra o cartão do adepto. Já tivemos episódios lamentáveis, em Braga, fora da zona destinada ao cartão do adepto. Um grande exemplo para mostrar que a violência não se previne com a criação do cartão do adepto. Simplesmente não resulta e Pedro Proença deveria estar do lado dos adeptos.
Outro tema em que o presidente da Liga Portugal deveria estar do nosso lado, seria na parte da bilhética. Se quer os estádios cheios para que o campeonato se torne apetecível, não se pode andar a praticar preços de champions em jogos como o do Moreirense-Benfica ou Gil Vicente-Benfica. É inadmissível os preços praticados.
Sobre o tempo do VAR, a liga deveria exigir mais da equipa da Federação Portuguesa de Futebol que paga para entrar em campo. É inadmissível que existam árbitros a errar mesmo com o VAR. O penalti em Famalicão é um exemplo perfeito da má qualidade da equipa de arbitragem. Como prémio vai estar presente no jogo do Benfica. Isso e o tempo que se demora a ver lances nos jogos do Benfica. Tudo passado a pente fino enquanto noutros jogos as decisões são muito rápidas.