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News Benfica: “ameaças de morte porque houve alguém que… decidiu corretamente!”

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Foram ontem tornadas públicas graves ameaças que Bruno Paixão e os seus familiares receberam. Segundo a comunicação social, o árbitro (VAR) apresentou queixa no Departamento de Investigação e Ação Penal contra sócios e simpatizantes do FC Porto (devidamente identificados) por ameaças, difamação, injúrias e associação criminosa.

É tempo de acabar, de uma vez por todas, com esta impunidade e deixar de fingir que nada se passa. Não é possível que se continue a olhar para atos criminosos, como este, sem agir em conformidade. Quem tem a responsabilidade de atuar perante os crimes que se vão cometendo não pode permitir que a imagem do futebol português seja todos os dias abalada.

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Invasão ao centro de treinos de árbitros da Maia, repetidas ameaças e coação sobre árbitros e as suas famílias, cibercrime, ataques a autocarros, exposição pública de provocações (seja em lojas oficiais do Benfica ou sobre pessoas individuais) e muitas outras marginalidades. Tudo faz parte de uma estratégia de condicionamento e intimidação típica do crime organizado.

Talvez aqui esteja a explicação para muitos dos erros absolutamente incompreensíveis a que esta época temos assistido ao nível de arbitragem (sobretudo no VAR), com benefícios claros para o clube que precisamente patrocina todas as práticas referidas.

Nesta última queixa, ontem relatada, os autores das ameaças estão devidamente identificados. É tempo de se responsabilizar quem pratica estes crimes. De uma vez por todas! O condicionamento e o clima de terror sobre os agentes desportivos tem que acabar.

Uma a uma, todas as cortinas de fumo que ao longo dos últimos dois anos permitiram que estas práticas fossem passando despercebidas estão, finalmente, a desaparecer. Já resta pouco ou quase nada.

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Mais do que nunca, nesta fase final da época é urgente garantir a segurança de todos os agentes desportivos envolvidos, para que tenham condições de decidir livremente, sem quaisquer constrangimentos, chantagens ou ameaças.

Ficar em silêncio perante um quadro tão grave é ser cúmplice de quem tem até orgulho em viver à margem da lei, chegando ao ponto de exibir a sua impunidade e assim desafiar tudo e todos, mas autoridades e justiça em particular.

As ameaças estão aí e são públicas. Têm rosto e assinatura. O que é que ainda falta para se atuar?

PS: As mais recentes ameaças surgiram na sequência do Feirense-Benfica, em que Bruno Paixão esteve como VAR. Nas horas seguintes a esse jogo, os especialistas em arbitragem (inclusivamente um árbitro que chegou a apitar a final de um Campeonato do Mundo) consideraram que o trabalho de árbitro e videoárbitro estiveram a um nível muito alto, com uma atuação de grande qualidade. Chegámos, portanto, a este ponto: ameaças de morte, coação e tentativas de intimidação porque houve alguém que… decidiu corretamente! É disto que estamos a falar.

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