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News Benfica: “É lamentável que se utilize o resultado de ontem para se tentar introduzir a questão da falta de competitividade”

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As coincidências podem mesmo existir em futebol, mas é preciso fazer por isso. Primeira questão: o resultado histórico que o Benfica conseguiu ontem foi realmente um jogo perfeito que terminou com essa cascata de coincidências de que tanto se tem falado nas últimas horas: 10-0, no dia 10, na homenagem a um inesquecível 10 (Chalana) com o golo 10 a ser apontado por outro 10 de excelência (Jonas). Melhor era impossível e fica, seguramente, para a eternidade.

Há momentos raros, como referiu Bruno Lage, em que os astros podem mesmo alinhar-se. E ontem era o dia certo para acontecer algo de grandioso também por ser o ‘jogo das Casas’ e da grande reunião da família benfiquista. A festa foi bonita! Mas, por entre as referências históricas a um resultado que não acontecia em Portugal há mais de meio século, é preciso não perder de vista o essencial: só se consegue uma proeza destas com muita qualidade, muito trabalho e muita seriedade. Treino a treino. Jogo a jogo.

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A ligação entre a equipa e os adeptos é um dos segredos para o momento que se vive. O contexto é favorável e os benfiquistas estão felizes, sim. Mas sem ponta de euforia nem qualquer deslumbramento, com a perfeita consciência de que a vitória frente ao Nacional valeu apenas 3 pontos e que, na realidade, continua quase tudo por fazer.

Outra boa ‘notícia’ que o jogo de ontem trouxe foi a confirmação da fabulosa ‘primavera encarnada’: Ferro a titular pela primeira vez (marcou, também, o primeiro golo pela equipa principal do Benfica) e Florentino foi mais um talento da formação que chegou ao palco de todos os sonhos. E tudo isto na tarde em que, 38 dias depois, Jonas voltou aos relvados: 17 minutos em campo, 2 golos!

Como se vê, há bons motivos para acreditar que o caminho é este. Na certeza, porém, de que o próximo jogo será sempre muito mais importante do que o anterior.

PS: Bruno Lage e Pizzi deixaram uma palavra de conforto para o Nacional da Madeira e lembraram que a equipa tem qualidade para dar a volta à situação. Fair play e respeito pelo adversário são valores que nunca devem faltar. É lamentável que se utilize o resultado de ontem e o desempenho dos profissionais do Nacional para se tentar introduzir a questão da falta de competitividade no futebol português, quando, na realidade, não há atualmente nenhuma Liga na Europa que tenha apenas 2 pontos a separar o 1.º e o 3.º classificados. O futebol português tem problemas, sim, mas são outros.

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