O triunfo recente na Supertaça reforça a ideia de que vivemos um período hegemónico no futebol português.
Nas últimas seis temporadas, em que fomos Campeões Nacionais por cinco vezes, celebrámos ainda a conquista de duas Taças de Portugal, três Taças da Liga e quatro Supertaças. Ao todo, 14 troféus, no que apenas ao futebol profissional diz respeito.
Nestes anos, o Benfica impôs-se sistematicamente aos seus adversários, vencendo dois terços das competições. No conjunto das 24 provas, o Sporting conquistou cinco títulos e troféus (duas Taças de Portugal, duas Taças da Liga e uma Supertaça), e o FCP ficou-se apenas por dois (um Campeonato Nacional e uma Supertaça). Braga e Aves, com uma Taça de Portugal cada, e Moreirense, vencedor de uma Taça da Liga, completam o palmarés futebolístico das últimas seis épocas.
Os nossos rivais, somados, obtiveram sete triunfos, ou seja, metade dos conseguidos por nós neste período. E uma vez que a conquista do Campeonato Nacional é o objetivo supremo, a assimetria de títulos torna-se ainda mais evidente, com a “reconquista” acrescentada ao tetra, sobejando uma edição – uma a mais do que pretendíamos – para um dos nossos rivais.
Perspetivando historicamente o período em análise, alcançámos dois feitos inéditos. Desde logo o tetra, só o conseguindo à sexta oportunidade, isto é, após o sexto tricampeonato festejado. E também termos ganho quatro competições nacionais num ano civil (2014), o que aconteceu pela primeira vez na nossa história, mesmo se incluíssemos provas regionais como a Taça de Honra ou o Campeonato de Lisboa.
Relativamente a este último feito, é evidente que só a existência da Supertaça (41 edições) e da Taça da Liga (12) o possibilitou. Mas doze épocas do atual quadro competitivo nacional não são doze dias, fortalecendo assim o significado das quatro conquistas num só ano. E, afinal, foram, só em 2014, o dobro dos triunfos dos que o Porto, que se assume como nosso principal adversário, celebrou desde esse ano, inclusive.
Têm sido anos de uma enorme afirmação. Mas quando paramos um segundo para refletirmos sobre o benfiquismo, o que nos impressiona e motiva é a convicção de que a exigência nunca se extingue e que todo e qualquer benfiquista contabilizará, além dos títulos e troféus ganhos, aqueles que ficaram por ganhar. Como diz o cantor, o nosso canto é o desejo de vitória, nosso destino é o de vencer…