A apologia, feita por um ex-internacional português, de que a melhor forma de condicionar o talento de João Félix seria através de “pisões” tem que ser amplamente denunciada e rejeitada. De forma muito clara!
Compete a todos e cada um de nós – apaixonados e profissionais do futebol, diversos agentes desportivos e, em particular, às equipas de arbitragem – não permitir que a natural competitividade de um jogo de futebol se transforme numa espécie de caça ao homem e ao talento.
Nenhum órgão de comunicação internacional ou algum programa desportivo de referência permite este tipo de argumentação quando – em Itália, Espanha ou Inglaterra – se debate a melhor forma de travar talentos como Cristiano Ronaldo, Messi, Modric ou Bernardo Silva.
Este é um tema que consideramos da maior gravidade e, por isso, o Sport Lisboa e Benfica, a nível institucional, já endereçou os adequados protestos junto do Conselho de Administração, Conselho de Opinião, Conselho Geral Independente e Direção de Informação da RTP e da ERC, por entendermos que declarações daquele tipo não podem, de forma alguma, ser toleradas, desvalorizadas ou minimizadas.
O futebol não pode permitir, em momento algum, que o talento dos seus principais artistas fique à mercê de “golpes baixos”. Futebol é festa e isso foi o que ontem voltou a existir na Luz, com mais de 55 mil espectadores nas bancadas a verem o Benfica fechar da melhor forma um ciclo muito exigente, concluído com duas vitórias frente ao Sporting.
No campeonato, a desvantagem relativamente à liderança foi reduzida de 7 para 3 pontos. O acesso à final da Taça será decidido no início de abril, em Alvalade, onde o Benfica vai entrar em vantagem. E a Liga Europa tem início na próxima semana, com uma viagem à Turquia para defrontar o Galatasaray.
A noite de ontem ficou ainda marcada pela estreia de Ferro na equipa principal – que se junta assim, no topo da pirâmide, a uma longa lista de craques nascidos no Seixal.
Domingo, na Luz, o campeonato estará de volta a partir das 17h30. Foco total, pois, no nosso próximo adversário: Nacional. Nada mais interessa.
PS – Muito carinho e muita força é o que toda a família benfiquista partilha com o nosso grande, grande, grande “pequeno génio” Fernando Chalana. A melhor homenagem que, neste momento, lhe podemos prestar é o apoio diário a quem faz parte da nossa história e da nossa fantástica estrutura criada no Seixal.