De 2009/10 até hoje, Bruno Lage é o terceiro treinador a comandar o plantel da equipa principal do Benfica. Nas últimas 10 temporadas, a estabilidade vivida entre a Luz e o Seixal não encontra paralelo em nenhum outro clube português e, mesmo nos principais colossos europeus, é difícil encontrar quem tenha trocado tão poucas vezes de treinador em igual período de tempo.
A estabilidade é, claramente, uma marca do Benfica e essa é também uma das razões para o sucesso desportivo que se conheceu na última década. Com os dois treinadores anteriores (Jorge Jesus e Rui Vitória), o Benfica conquistou 16 troféus. Venceu tudo o que poderia vencer em Portugal, esteve em finais europeias, estabeleceu novos recordes de transferência de jogadores e afirmou a sua Academia como referência mundial na formação de talentos.
Não poderia fazer mais sentido, pois, que o novo treinador do Benfica fosse, também ele, um produto da formação do clube – como, de resto, já tinha acontecido com Rui Vitória, treinador da nossa equipa de juniores entre 2004 e 2006.
A aposta em Bruno Lage tem, contudo, uma particularidade especial: tornou-se o primeiro a técnico a orientar todos os escalões de formação do Benfica, a sua equipa B e, por fim, a equipa principal. Um percurso que o torna, desde ontem, um caso ímpar. Uma aposta para o presente e para o futuro e que encerra, em definitivo, o processo de escolha do novo treinador.
PS: O Benfica inicia hoje, em Guimarães, um ciclo de jogos no Minho que esperamos ver prolongado até à final da Taça da Liga. Podem ser quatro duelos naquela região no curto espaço de 12 dias: dois com o Vitória de Guimarães, um com o FC Porto e ainda a possibilidade de enfrentarmos Sp. Braga ou Sporting, no dia 26, no derradeiro jogo da Taça da Liga. Os nossos adeptos serão fundamentais para que o habitual calor do Estádio da Luz se transfira para o Minho durante duas semanas.