Nunca é de mais relembrar que até comentadores afetos a outros clubes que não o Benfica dizem que o Clube da Luz não foi o clube do regime como o diretor de comunicação do FC Porto, Francisco J Marques(FJM) tanto diz numa de querer voltar com as guerras Norte/Sul.
Hoje FJM usa a estratégia do Octávio Machado. Trazer as tácticas de comunicação dos anos 80/90. Mas dá-se mal porque a história não é facilmente alterada como a data de fundação do FC Porto. Mas uma das pessoas insuspeitas pela cor do clube é Rui Oliveira e Costa. O comentador do Sporting afirmou num programa desportivo que o Benfica não é o clube do regime.
Também Alfredo Barroso, conhecido sportinguista e democrata afirmou o mesmo numa crónica ao jornal Record em 2000: “E, no entanto, nos tempos da outra senhora, o Sport Lisboa e Benfica chegou a ser considerado como uma referência democrática, um oásis onde coexistiam vozes de todas as origens políticas e em que algumas figuras notórias da oposição ao Estado Novo chegaram a ser membros dos órgãos sociais do clube. Digo isto com tanto mais admiração e à vontade, quanto é certo que sempre fui adepto do Sporting Clube de Portugal, o qual, pelo contrário, era conhecido pelas suas notórias ligações ao Estado Novo e foi quase sempre dirigido por figuras mais ou menos proeminentes da extrema-direita do regime salazarista. Para grande desespero de alguns adeptos como eu que, por carolice ou amor à camisola, nunca viraram a casaca, apesar dos dichotes e bicadas (mais que justas) de muitos adeptos do Benfica.”
Não foi o Benfica que teve para descer duas vezes. Graças a Salazar, nesses dois anos o campeonato foi alargado para que o FC Porto tivesse a possibilidade de disputar o campeonato.
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