Eram 18h37m de 22 de maio de 2019 quando Rui Pinto começou a ser interrogado pela juíza de instrução criminal Maria Atónia Andrade. Depois de responder às perguntas habituais sobre a sua identidade e morada, a juíza perguntou-lhe se queria prestar declarações. Rui Pinto disse que sim – mas apenas sobre alguns dos factos pelos quais tinha sido detido: as suspeitas de entrar nos sistemas informáticos da Doyen Sports Invesments e do Sporting Clube de Portugal, de divulgar documentos confidenciais no site Football Leaks e de tentar extorquir o então CEO da Doyen, Nélio Lucas.
De acordo com o artigo da Sábado, Rui Pinto tinha na sua posse o emails e datas de nascimento de 1942 magistrados. 1369 do escritório de advogados PLMJ e 67 da autoridade tributária. Através da informação localizada nesse disco rígido, os investigadores acreditam ainda ter encontrado provas de que Rui Pinto foi o criador do blogue Mercado de Benfica que, em dezembro de 2017 começou a divulgar a correspondência interna do clube da Luz. Essa convicção baseia-se num conjunto de ficheiros que são apenas guardados quando alguém é administrador de uma página e também na informação contida num ficheiro de texto: usemames e passwords de acesso às plataformas onde o blogue esteve alojado.
A questão que aqui fica é: Se havia comportamentos estranhos por parte de pessoas do FC Porto, porque nunca foram reveladas? Porque é que a Ana Gomes nunca mencionou Pinto da Costa ou os negócios do seu filho?