Um treinador que chega ao Benfica conquista, só por isso, um lugar na história do maior clube português.
Um treinador que permanece durante três anos e meio à frente do futebol profissional do Benfica tem de ser, seguramente, alguém com méritos inquestionáveis.
Um treinador que termina a sua ligação ao Benfica e vê o seu nome entre aqueles que mais jogos fizeram e mais títulos alcançaram para o clube é, sem duvida, alguém que merece o reconhecimento e o elogio geral.
O trajeto de Rui Vitória à frente do Benfica fala por si: 180 jogos, 123 vitórias. Perto de 400 golos marcados. Seis títulos. O primeiro tetracampeonato na história do clube. A gratidão dos benfiquistas – de todos – é da mais elementar justiça.
Há um novo ciclo que se abre a partir de hoje, de redobrada exigência e enorme ambição. Bruno Lage, até agora treinador do Benfica B, fará a sua estreia à frente da equipa principal, no Estádio da Luz, frente ao Rio Ave.
O novo técnico – também ele um ‘produto’ da formação do Benfica e, por isso, profundo conhecedor do trabalho de base que se faz no Seixal – tem a missão que sempre terá qualquer treinador deste clube: ganhar, ganhar e ganhar. Domingo começa uma nova etapa. Apoio não faltará.
PS: Errar é humano. Agora errar sempre em benefício da mesma equipa e em decisões de difícil compreensão – até pela existência do VAR – torna tudo mais inexplicável. Não há memória de um campeonato com tantos erros em benefício da mesma equipa. É a dignidade e o prestígio da principal competição nacional que estão em causa.