Na apresentação oficial do Benfica District, o clube da Luz voltou a marcar posição e a demonstrar o seu desagrado com os órgãos que tutelam o futebol português. Ao contrário do que aconteceu com outras entidades, a Liga Portugal e a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) não foram convidadas para o evento, realizado esta terça-feira no Estádio da Luz.
O gesto foi interpretado como um sinal claro da rotura institucional entre o Benfica e estas duas estruturas, na sequência das recentes nomeações para cargos de peso na arbitragem e estrutura jurídica da FPF — nomeadamente Rui Caeiro (próximo de Bruno de Carvalho) e José Carlos Oliveira (ex-assessor jurídico do Sporting).
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, e a ministra da Juventude e Modernização, Margarida Balseiro Lopes, marcaram presença no evento, em representação do Governo. Também o presidente da FIFA, Gianni Infantino, enviou uma mensagem em vídeo, elogiando o projeto e mostrando esperança em ver o Estádio da Luz como palco do Mundial 2030, que será organizado por Portugal, Espanha e Marrocos.
Aviso sem meias palavras
Durante o evento, fontes ligadas ao clube confirmaram que o Benfica mantém o pulso firme contra o que considera ser uma tentativa de instrumentalização do futebol português por parte de figuras próximas do rival Sporting. A ausência da Liga e da FPF foi vista como mais um aviso, em particular a quem o clube considera “empregado de Antero Henriques”, numa referência indireta mas inequívoca ao atual cenário de bastidores.
