O processo de Bruno Fernandes, um dos nove jogadores que alegou rescisão de contrato com o Sporting por justa causa, já deu entrada no Tribunal Arbitral do Desporto (TAD). Depois de ter entregue, há cerca de três semanas, a carta para se desvincular dos leões a todas as entidades (clube, Liga, Federação e Sindicato dos Jogadores) o internacional português, de 23 anos, pede agora mais de 10 milhões de euros de indemnização, valor que terá de ser pago ao jogador pelo Sporting se for provada a referida justa causa.
No processo que foi remetido ao TAD, a que a imprensa teve acesso, Bruno Fernandes exige uma indemnização no valor de 9.255.610 euros, montante ao qual acresce mais um milhão de euros por danos morais a si causados e, ainda, juros. Apesar de o cálculo da indemnização ter por pressupostos vários termos legais, um dos critérios utilizado pelo médio e pelos seus advogados está relacionado com o valor dos ordenados acordados entre jogador e a SAD aquando da sua contratação, no verão do ano passado, e o remanescente dos mesmos até final do contrato (junho de 2022). Daí que o valor das indemnizações exigidas por cada um dos nove jogadores possa variar. À partida, qualquer litígio laboral no TAD estará resolvido em poucos meses.
Tanto uma como outra entidade vão analisar os processos de cada jogador e decidir se houve fundamento para justa causa. Se os jogadores não o conseguirem provar, terão de ser eles – em conjunto com o novo clube, se for esse o caso – a indemnizar o clube pelos prejuízos sofridos.