Antes do importante encontro da Liga dos Campeões frente ao Benfica, já amanhã, na Allianz Arena, Renato Sanches falou sobre o momento dos encarnados e, em particular, da contestação dos adeptos a Rui Vitória depois das recentes exibições da equipa.
Para o médio do Bayern Munique, de 21 anos, a reação de alguns benfiquistas aos maus resultados recentes da equipa acabam por se traduzir numa injustiça para com o técnico, que levou o Benfica à conquista do título em duas temporadas consecutivas. “O Benfica é o melhor clube de Portugal e, por isso, é normal os adeptos contestarem quando os resultados não são os melhores. A exigência é sempre muito grande, mas creio que, acima de tudo, têm de perceber que o Rui Vitória tem feito um trabalho muito bom desde que chegou ao clube. Conseguiu conquistar títulos nos primeiros anos em que esteve no Benfica e eu também lhe devo muito por aquilo que sou hoje, porque foi ele quem apostou em mim”, começa por elogiar o internacional português, sem esquecer alguns sobressaltos iniciais das águias nesta época: “Para além do que disse, é preciso ver que a equipa começou a época com algumas baixas por lesão, mas agora conseguiu recuperar jogadores importantes, como o Jonas e o Krovinovic.”
Renato mostra-se feliz pelo caminho que os encarnados seguiram no que diz respeito à aposta nos mais novos ao longo das últimas épocas. E, mais uma vez, com elogios a treinador que o estreou entre a elite. “Rui Vitória tem feito no Benfica aquilo que outros não fizeram e que é aquilo de que o clube precisa: apostar na formação. Fico muito orgulhoso por ver alguns colegas meus, mais novos, a seguirem o mesmo caminho que eu segui. O futuro do Benfica tem de ser esse e passa pela formação”, analisa o médio, alinhado com aquela que tem sido igualmente uma demanda de Luís Filipe Vieira.
Preparado
Quanto ao duelo de amanhã, no Allianz Arena, Renato Sanches está preparado para as dificuldades que a antiga equipa poderá criar ao Bayern Munique, até porque os encarnados não têm muito a perder. Afinal, estão obrigados a ganhar, para manterem viva a esperança de se apurarem para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões. Desta vez, explica, “não houve brincadeiras na Seleção Nacional com Rúben Dias e Pizzi”, até porque todos eles já encaram estes encontros com normalidade. Ainda assim, o camisola 35 do colosso bávaro não esconde que este reencontro, agora na Alemanha, se trata de mais um momento especial na carreira.
“É sempre bom e especial encontrar o Benfica. Quero dizer, não é bom defrontar o Benfica, porque é o clube do meu coração e não é fácil. Mas claro que vai ser muito especial reencontrar os meus amigos e o treinador que me lançou no Benfica”, atirou o ‘Bulo’, sublinhando depois a importância que este jogo tem para as duas equipas na Liga dos Campeões: “O Benfica tem de nos ganhar para seguir em frente na competição, mas nós também temos de ganhar. É um jogo da Champions e, por isso, tudo pode acontecer. Temos apenas de trabalhar nestes próximos dias para preparar bem esse jogo muito importante e corrigir os erros que cometemos contra o Fortuna Düsseldorf”, que terminou com um empate a três bolas.
