O vice-presidente do Benfica reagiu à interditação do Estádio da Luz por um jogo decidida pelo Conselho de Disciplina da FPF. “A cada dia que passa, percebemos melhor esta dualidade de critérios que está a ser aplicada”, apontou.
O vice-presidente do Benfica Varandas Fernandes, em declarações ao programa “Bola Branca” da Rádio Renascença, reagiu ao castigo de um jogo à porta fechada no Estádio da Luz aplicado pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol.
“Se não for revogada esta decisão, vamos recorrer para o Tribunal Arbitral do Desporto. Se ainda assim não for revogada, o Benfica vai ainda mais longe e acionará todos os meios legais ao seu dispor com vista a reverter esta decisão que, no nosso entender, é contrária à lei e é desajustada. Não pode haver dois pesos com duas medidas”, afirmou Varandas Fernandes.
“É um exagero, é uma anedota. O Benfica, quando é atacado, defende-se respeitando a lei e de forma ajustada. É um Clube com muita história, pergaminhos e já deu muito ao País. O Benfica tem sido atacado de forma inexplicável e injusta”, completou.
A decisão do Conselho de Disciplina diz respeito ao jogo entre o Estoril e o Benfica da época passada no Estádio António Coimbra da Mota, partida cuja responsabilidade de organização recaía sobre os estorilistas.
“A organização do jogo competia ao Estoril SAD. Tinham de assegurar a segurança, a vistoria, a inspeção. Competia ao Estoril SAD e não ao Sport Lisboa e Benfica. Num primeiro momento não houve atraso; num segundo momento houve, de facto, um atraso de 40 a 45 segundos que coincidiu com o nosso segundo golo. Este é um dos motivos que levam à proposta de punição”, explicou.
O castigo aplicado às águias levou Varandas Fernandes a recordar outros casos noutros estádios que passaram incólumes.
“Eu só lamento é que haja situações noutros jogos. Vejo invasões, agressões, arremesso de tochas… e não vejo acontecer nada”, lembrou.
Para o vice-presidente há uma diferença de tratamento por parte das instâncias do futebol português em relação ao Benfica e a outros emblemas.
“A cada dia que passa, percebemos melhor esta dualidade de critérios que está a ser aplicada. O desafio que lançámos mantém-se num manto de silêncio. Nem Federação, nem Liga fazem a identificação das preferências clubísticas dos seus representantes, diretores e dirigentes”, apontou.
O Benfica foi o primeiro clube que milita na Liga NOS a construir uma caixa de segurança no seu Estádio, aspeto que revela a preocupação do Clube para com o bem-estar dos adeptos, situação que, na altura, levantou muita polémica.
“Quando se montou a caixa de segurança houve muita polémica e crítica ao Benfica por colocar uma rede ou uma caixa de segurança. Respeitando as regras internacionais, esse era o caminho e um investimento de forma a melhorar a segurança dos jogos no nosso Estádio. Na altura fomos muito censurados. Não quero estar a mentir, mas julgo que fomos o primeiro clube em Portugal a fazer essa caixa de segurança. Nunca nos demitiremos das responsabilidades que temos para com o futebol português e vamos continuar a combater todas as injustiças de que estamos a ser alvos”, assegurou.