Rui Vitória: “Os valores de união têm que estar presentes. Não estou preocupado com essas questões, estou preocupado que ganhe”
O treinador do Benfica, Rui Vitória, fez a antevisão do encontro frente ao Marítimo.
Marítimo: “[Estamos] À espera de um jogo muito difícil contra o Marítimo, num estádio que vai estar repleto de público, espero que estejam muitos benfiquistas na bancada. É uma equipa que quer entrar na senda das vitórias com o Petit, tem bons jogadores e a motivação extra de nos querer ganhar. Temos de estar muito agressivos e combativos”.
Balanço? “Gosto mais de fazer balanços no final da época. Diria que, de uma forma muito resumida, que começamos a época muito bem e tivemos qualidade naquilo que fizemos. Depois tivemos um abaixamento do nosso rendimento, da nossa performance. Temos de estar melhor posicionados neste contexto. Temos indicadores interessantes no que respeita a qualidade de jogo, muito positivos. Houve um período muito bom no início da época, depois um que não foi tão bom. Agora os índices de confiança e união têm de estar ao mais alto nível”.
Todos os jogos são importantes: “Já digo isto frequentemente, não sabemos qual é o jogo que é importante. Todos têm uma capital importância. Às vezes pensamos que ganhamos e pode não correr bem. Temos um adversário pela frente que é o Marítimo. Depois teremos um outro jogo para a Taça de Portugal. Temos muito pouco tempo de preparação para os jogos. Vamos passo a passo”.
Rendimento dos jogadores: “Todos os que trabalham comigo contam. Nem sempre quem começa acaba o campeonato. Há jogadores que têm um crescimento acentuado e evidente. Na última jornada jogámos com sete portugueses e quatro da formação. Foi um jogo de Champions, não foi de Taça da Liga ou da Taça e Portugal. Os jogadores têm, de estar cientes que a oportunidade pode chegar. Contamos com estes. Até ao final do campeonato vamos ver. Quem dá melhor resposta é que vai a jogo”.
Sente-se um treinador mal-amado pelos adeptos? “Não sinto nada disso. Ainda há pouco falámos dos indicadores que temos, que dizem completamente o contrário. Estou preocupado e focado nesta fase de retoma. Já tivemos momentos muito bons, quem disser o contrário está a mentir. Vamos ter outros momentos muito bons. Os valores de união têm que estar presentes. Não estou preocupado com essas questões, estou preocupado que ganhe”.
Contratações foram um fracasso? “Não podemos concluir, quando fazemos estas contratações, muitas vezes têm de ser pensadas de forma diferente. No ano passado nasceu o Rúben Dias e tínhamos um jogador que agora é capitão que era o Jardel. Estamos a falar de dois jogadores que tiveram um ano a trabalhar juntos. Um é capitão e o outro vai fixar-se. É, muitas vezes, um jogador que vai entrando nas nossas rotinas de trabalho e que pode dar rendimento na próxima época. Não se contrata de uma forma direta. Dificilmente contratamos talento que seja logo uma linha direta para a equipa principal. As principais aquisições do Benfica têm vindo de dentro. Hoje em dia é difícil contratar quem entre logo na equipa principal. Isto é aqui como na maioria das equipas do futebol português. Sei claramente onde cada um deles foi situado na equipa. Mas dizer que foram um fracasso? Não, não foram”.