Ex-árbitros vão regressar para o Video-árbitro. Depois de um ano de análises contra o Benfica, Marco Ferreira está na lista
Um ponto aprovado na Assembleia Geral extraordinária da Liga realizada esta quarta-feira, e que pode vir a causar polémica ao longo da próxima temporada se não for bem explicado ao grande público, e sobretudo bem implementado, reside na abertura do desempenho da função de VAR a árbitros que já estejam aposentados.
Em concreto, trata-se de uma proposta emanada do G15 e que visava alargar o campo de recrutamento para a função de vídeo-árbitro ao que foi designado genericamente como “especialistas em arbitragem”, compensando assim as limitações do atual quadro de árbitros do dispor do CA da FPF. Nesse sentido, estão abrangidos árbitros ou árbitros assistentes que se encontrem licenciados, mas tendo de se encontrar afastados da competição há pelo menos três temporadas. Existindo ainda outras limitações naturais na definição da elegibilidade, como o impedimento de estarem ligados a qualquer clube ou serem comentadores no ativo.
No final da reunião, realizada na sede daquele organismo, a diretora-executiva e coordenadora da Liga, Sónia Carneiro, colocou a tónica da sua intervenção na maior penalização de questões relativas à violência ou de incentivos ilícitos a terceiros, mas sem avançar pormenores sobre o que seriam as prometidas melhorias na arbitragem.
Ao que Record apurou, tratou-se de um ponto que foi aprovado tranquilamente na reunião magna de clubes e que, garantem fontes envolvidas no processo, vai ao encontro do que é pretendido pelo Conselho de Arbitragem da FPF. De resto, vão caber a José Fontelas Gomes, que tem a seu cargo a gestão do sector com plena autonomia, as decisões sobre o recrutamento de eventuais ex-árbitros ou “especialistas em arbitragem” que possam reforçar o quadro de elementos disponíveis para o exercício da função de VAR.
Em que moldes, e com que cuidados no sentido de não despertar fantasmas de eventuais casos e incompatibilidades do passado, será o grande desafio que se coloca no sentido de que esta inovação não seja mais um foco de controvérsia num ano fundamental para estabilizar o processo de implementação e aceitação do vídeo-árbitro. Entretanto, e como posição de princípio, a proposta do G15 foi bem acolhida e vai avançar.
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