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O que leva um árbitro a não mencionar nos respectivos relatórios?

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Foram conhecidos por estes dias os castigos aplicados ao sempiterno Eng. Luís Gonçalves, na sequência dos incidentes finais do jogo que opôs, no Dragão, o FCP e o CP. Fico com a sensação de que se trata de uma cortina de fumo, mais uma, em que o poder disciplinar da Liga e da FPF, juntamente (ia escrever conluiado…) com a arbitragem, através do CA, pretendem dar a entender que o caso fica, assim, encerrado, mas em que o que de mais importante e estranho se passou nesse jogo, está ainda por apurar.

De facto, convém não esquecer que esse foi só mais um jogo que terminou com os já emblemáticos tumultos no relvado, mas em que, pela primeira vez que se saiba, o árbitro, no caso Manuel Oliveira (e toda a sua equipa) da AFPorto, que, como todos vimos via TV, presenciou todas essas escaramuças, se esqueceu de mencionar no relatório do jogo ! Ora, é deste inusitado “esquecimento” que importa conhecer as razões.

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O que leva um árbitro (e, já agora, os delegados da Liga ali presentes que, tanto quanto se sabe, também se esqueceram de mencionar nos respectivos relatórios os incidentes que todo o País viu), a não escrever no seu relatório o que se passou? Medo? Instruções superiores? A quem obedecem afinal os árbitros?
Ou será que as penas (que seguramente existirão tipo repreensão ou outro) a aplicar a um árbitro que proceda como MO, são mais leves e inócuas que aquelas que poderiam resultar para o dirigente e o treinador portistas e, daí, MO preferiu (foi aconselhado) não escrever nada no relatório? A ser assim, não configura isto um acto de corrupção passiva? Que confiança podem ter as equipas na imparcialidade dum árbitro que lhes surja no futuro, se esse árbitro prefere sujar a sua “folha de serviços” para beneficiar um clube? Não será legitimo que as pessoas se interroguem até onde poderá ir um árbitro que assim procede!?

O que se passou no jogo entre o FCP e o CP é grave demais para terminar com o castigo de 50 dias a LG. Tem que ir até às últimas consequências. Este estranhíssimo caso tem que ser completamente esclarecido. É imperioso saber que poderes e que influências impediram o árbitro de relatar a verdade dos factos que todos vimos!
E, se somarmos a este caso, o das recentes despromoções, nomeadamente a de Vitor Ferreira, em que parece que, mais uma vez, quem se mete com Luís Gonçalves é despromovido, impõe-se a pergunta : será que há alguém mais, e mais acima, com medo de perder o posto de trabalho!?

E é de aproveitar o momento, já que o “movimento” das pessoas preocupadas com a batota e a mentira no futebol português acaba de ganhar um grande aliado, o Presidente do FCP, que, o deixou muito claro no seu editorial na Newsletter dos Dragões.
Tem a palavra o Conselho de Arbitragem. Tem a palavra Fontelas Gomes!
Não podemos criar uma nova estrutura para a arbitragem, ainda por cima, como tudo indica, contando com os mesmos personagens, com dúvidas desta importância sobre a independência e seriedade de quem tem o poder para nomear e também o poder disciplinar sobre os árbitros.

Antonio Gomes-Martins
Vila Nova de Gaia

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