Se há coisa parvas a que vamos assistindo, assobiar um guarda-redes para passar a bola rápido, é uma delas
Não foi do modo geral mas Trubin recebeu alguns assobios porque estava a atrair a subida do ataque e não estava a tornar o jogo mais rápido com 1-0. Vou apenas deixar algumas das formas como Trubin atraiu e colocou a jogar a nossa equipa.
Para além das defesas, Trubin acrescenta muita qualidade na construção do Benfica. A forma calma como decide as suas ações permitem chamar os adversários a si e soltar no momento certo. O seu jogo de pés tem sido importante para a equipa.pic.twitter.com/yNRoNXTUtq
— Filósofo De Jogo (@FilosofoJogo) February 5, 2024
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Trubin demora na reposição de bola para atrair a pressão adversária. É deliberado, é tático e é uma opção de Schmidt que permite explorar as costas de um eventual bloco alto adversário. Não perceber esta atitude propositada e vaiar um jogador que tem estado em grande é uma postura ignorante e que em nada ajuda a equipa.
O Benfica constrói agora com 11 jogadores e assume mais riscos na primeira fase de construção. Este é o maior enorme upgrade em relação aos passes longos de Vlachodimos que invariavelmente resultavam em perda de posse. Quem quiser criticar, tem liberdade para o fazer, mas de forma construtiva e com argumentos desportivos válidos.
Já não é a primeira nem a segunda vez que o ucraniano é assobiado por pouca inteligência na leitura do jogo em pleno Estádio da Luz. Agora, temos guarda-redes de equipa grande e esse facto ainda não se viu em termos práticos no ambiente do estádio. Esqueçam a saída de Vlachodimos e defendam o Benfica.
Só no nosso clube é que se vê disto. Nos jogos lá fora, não se vê ou ouve tão pouco um assobio à equipa no decorrer do jogo. No Liverpool ou no Real Madrid que se deixou empatar mesmo no fim. Por cá exigem e acham-se no direito porque acham que sabem de futebol. Saem ao minuto 85 para não apanhar trânsito e para eles é mais fácil assobiar os nossos que o adversário ou o árbitro. Passam o tempo todo calados ou a jogar com “jogo das bolinhas” e quando os confrontamos ainda dizem que fazem kms para todo o lado.
Estou como o treinador. Se é isto a exigência andar a pressionar os jogadores, que voltem no tempo do Marquês. Ontem, apesar de poucos, foi lamentável estar a pressionar um guarda-redes que tem um jogo de pés controlável. Depois criticam porque os jogadores ficam cá pouco tempo e pensam em ligas melhores.