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Ferro não desiste da luta pelo lugar

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O ataque do Benfica foi o setor que mais deu que falar na pré-temporada, sobretudo depois de falhada a contratação de  Cavani, mas a chegada de Darwin e a aposta de Jorge Jesus, depois de várias experiências, no atacante uruguaio em parceria com o alemão Luca Waldschmidt, parece ter dissipado a pressão sobre o setor, desviando os olhares para outra zona nuclear: o eixo defensivo.

E é precisamente aí que entra Ferro. O defesa de 23 anos, um dos jovens que sobressaíram e caíram na era Bruno Lage, chegou à pré-época na mó de baixo e foi também na mó de baixo que atingiu a reta final da pré-temporada. Atrás, em teoria, de Rúben Dias, Vertonghen e Jardel, depois atrás de Vertonghen, Otamendi e Jardel, como se viu com o Farense, quando foi preterido em função de dois jogadores sem qualquer minuto, um deles acabado de recuperar de lesão, o outro ainda de fresco no clube, com apenas um punhado de treinos. Jesus explicaria que Ferro não conhece a sua forma de trabalhar, ao contrário de Jardel, e que Otamendi possui experiência para contornar as limitações. Sem Rúben Dias, vendido ao Manchester City, e Vertonghen, lesionado, as coisas poderiam ter ficado melhores para Ferro, mas não foi assim. Mas o azar de Jardel, lesionado, foi a sorte do português, que aproveitou muito bem o quarto de hora final, mostrando inclusivamente uma das qualidades inicialmente reconhecidas, o passe, participando num golo. E não foi propriamente um teste fácil, o Farense vendeu cara a derrota (2-3), expondo a má condição de Otamendi e levando Jesus a dizer, no final: «Ficaram a perceber porque quero um central.»

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E um central chegaria, Todibo, francês cedido pelo Barcelona, mas com dificuldade para acompanhar a exigência de Jesus, o que o deixa, para já, em desvantagem para Ferro. O português acreditará, aliás, que tem condições para ser, pelo menos, o número 3, atrás de Vertonghen e Otamendi, aos quais reconhece a carreira internacional. Mas Ferro quer ir à luta e tenciona aproveitar a vantagem de estar às ordens de Jesus – belga e argentino viajaram para as seleções – para continuar a subir, aprendendo com Jesus, que no defeso não o deixou sair e lhe comunicou que, melhorando alguns pontos, como a velocidade, poderia tornar-se central de topo.

Ferro aposta, pois, na margem de progressão que ainda possui, podendo fazer valer a juventude contra a veterania dos trintões.

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