A chicotada psicológica não teria efeitos imediatos e colocaria mesmo em risco a campanha desportiva

O presidente do Benfica, Rui Costa mantém o discurso de confiança no projeto e de continuidade com Roger Schmidt ao leme, embora continue exigir reação sempre que os resultados não são positivos

 

O dia seguinte foi marcado pelas habituais conversas entre os principais responsáveis pelo futebol e com o treinador, procurando todos manter um clima de tranquilidade, embora com Rui Costa a deixar bem vincado, como o fez pouco tempo após o apito final, que não admite a ausência de reação imediata do plantel, como impacto nas exibições e nos resultados dos próximos jogos, a começar já pela receção ao Rangers, para os “oitavos” da Liga Europa.

Na avaliação de Rui Costa, que ontem passou mais de cinco horas no Benfica Campus – por onde passou, como é habitual, o diretor desportivo Rui Pedro Braz -, o eventual despedimento nesta fase de Roger Schmidt não é assunto que admita abordar. Considera o líder dos encarnados que a chicotada psicológica não teria efeitos imediatos e colocaria mesmo em risco a campanha desportiva, na qual o emblema da águia tem em aberto três frentes: a corrida pelo título (está em segundo) ou pelo segundo lugar, que dá Champions, a Taça de Portugal (perdeu por um golo com o Sporting na primeira mão em Alvalade) e a Liga Europa (vai discutir os oitavos de final).

O elevado montante necessário para afastar o técnico campeão na última temporada, que ascenderá a valores em torno dos 25 milhões de euros nesta fase da época, não é visto como argumento para cortar a ligação, de mais dois anos, com Roger Schmidt. Além disso, o treinador alemão também acredita ter ainda capacidade para levar o barco a bom porto, ele que voltou na segunda-feira de manhã ao Seixal, onde passou longas horas, para o primeiro treino da semana.