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Conclusão da deliberação da ERC sobre os e-mails e a sua divulgação pelo Porto canal:

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Conclusão da deliberação da ERC sobre os e-mails e a sua divulgação pelo Porto canal:

“105. O confronto entre as “versões” das mensagens em questão torna patente a leitura criteriosamente truncada e a interpretação descontextualizada que das mesmas foi feita por parte de Francisco José Marques e acriticamente aceite, reiterada e desenvolvida pelos demais intervenientes no programa “Universo Porto – da Bancada”.

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106. De facto, são deliberadamente omitidas frases inteiras e segmentos de frases cujo teor admitiria – como admite – uma interpretação diferente e mesmo diametralmente oposta à artificiosamente criada por Francisco José Marques”

107. Mais ainda: partindo de uma tão peculiar leitura e interpretação de tais excertos de mensagens(ou alegadas mensagens), Francisco José Marques e os seus demais colegas de programa permitem-se designadamente inferir a existência de «um esquema de corrupção para beneficiar oBenfica», em resultado de “dados irrefutáveis” que existiriam nesse sentido

108. Exemplos como o ora referido autorizam a conclusão de que o programa “Universo Porto – da Bancada” constituiu um veículo privilegiado de devassa de comunicações (ou de supostas comunicações) privadas, cujo teor e sentido foi, ao menos em certos casos, deliberadamente distorcido, por forma a servir uma narrativa pré-concebida, traduzida num conjunto de afirmações,insinuações e acusações de enorme gravidade, e da qual se encontrava arredado qualquer propósito sério de informar (ou de salvaguarda de uma denominada “verdade desportiva”).

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109. Com a agravante de uma tal narrativa se confortar na garantia antevista da sua replicação e amplificação acríticas por quase toda a comunicação social e pelas denominadas redes sociais…

110. Inclusive, uma tal narrativa chegou em certas ocasiões a atingir contornos burlescos, servindo não já para denunciar alegados crimes mas apenas para tentar achincalhar as pessoas que surgem como intervenientes nas mensagens

112. É de igual modo patente a busca de sensacionalismo concretizada – num programa de cariz informativo – por via de uma prática folhetinesca assente na divulgação reiterada, parcial e seriada de documentação privada, acompanhada da promessa de “novas revelações”61, e que, através de interpretação não neutra, introduz uma sua leitura interpretativa, junto dos telespectadores, susceptível de insinuação criminal.

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