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Paises Baixos podem roubar um lugar da Champions a Portugal

O Gil Vicente quase fora leva aos clubes a fazerem pontos

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A contundente vitória do AZ Alkmaar diante do Gil Vicente (4-0) na primeira mão do play-off da Liga Conferência pode servir de aviso para as aspirações europeias portuguesas. Em risco de voltar a não ter nenhum representante na recém-criada competição europeia, Portugal vê os Países Baixos aproximarem-se perigosamente no ranking da UEFA e tem em risco o sexto lugar em 2024.

 

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Uma queda que significaria a perda imediata de uma equipa na Liga dos Campeões. Assim, ao invés dos atuais três clubes (dois na fase de grupos e um na terceira pré-eliminatória), Portugal passaria a ter dois (um na fase de grupos e um na terceira pré-eliminatória), estreitando assim o acesso aos milhões tão necessários à vida dos clubes nacionais.

 

Vamos então a contas para perceber o estado atual do ranking.

 

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Antes de mais, é preciso perceber que o coeficiente é calculado mediante os desempenhos dos vários países nas últimas cinco edições das provas europeias. O sucesso desportivo é quantificado em pontos que são divididos pelo número de participantes.

 

Por exemplo, imaginemos que o Benfica entra na fase de grupos e vence na primeira jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões. Os dois pontos que lhe são garantidos são divididos por seis (o número de equipas portuguesas que vão à Europa) e depois adicionados ao coeficiente, ou seja, para as contas entram 0,33.

 

Neste momento, Portugal ocupa o sexto lugar com 53.382 pontos, mais 4,082 que os Países Baixos (49.300). Mas há dois fatores que ameaçam esta vantagem lusa.

 

O primeiro fator mais visível é o número de equipas em prova. Se a chegada do Benfica à fase de grupos da Liga dos Campeões parece bem encaminhada (2-0 sobre o Dínamo Kiev) e isso significaria novamente três clubes na principal prova milionária, Portugal está em risco de ter só quatro participantes com a eliminação do Vitória de Guimarães (frente ao Hajduk) e a provável saída de cena do Gil Vicente (0-4 com o AZ, na primeira mão). Na prática vão ser menos equipas a amealhar pontos que depois serão divididos por seis.

 

Nesse aspecto, os Países Baixos levam alguma vantagem. O Ajax já tem lugar garantido na Liga dos Campeões, o PSV (2-2 com o Rangers) pode lá chegar, ou rumar à Liga Europa onde já está o Feyenoord. O AZ está bem encaminhado para a Liga Conferência, com o Twente a ter o papel mais complicado (perdeu com a Fiorentina, 1-2, na primeira mão do play-off). Ainda assim, na pior das hipóteses seriam quatro equipas em prova, o mesmo número de Portugal, mas com os pontos a dividir por cinco em vez de seis.

 

Há depois um segundo aspecto que pode complicar as contas portuguesas. O ranking tem em conta as últimas cinco participações. Quer isto dizer que para época 2024 vai desaparecer a temporada 2017/18, uma de boa memória para hostes portuguesas (9.666) e de má para os Países Baixos (2.900), aproximando ainda mais as duas partes.

 

Números que não traçam um cenário favorável e que merecem a reflexão de todos, incluindo a Federação Portuguesa de Futebol que tem desperdiçado recursos em estudos da treta.

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